segunda-feira, 23 de setembro de 2013

                Olá meus queridos leitores, hoje quero lhes falar um pouco sobre uma poetisa que varou milênios e chegou até nós. Me refiro a Safo, poetisa nascida em Mitilene na ilha de Lesbos(Grécia), provavelmente por volta de meados do século VII aC. De boa família, contemporânea do poeta Alceu. À semelhança deste ela parece ter deixado Lesbos em consequência de perturbações políticas na ilha; a crer na tradição Safo teria ido para Sicília e talvez tenha morrido por lá.
                 A poetisa escreveu nove livros de Odes, Epitalâmios, Elegias e Hinos, dos quais sobreviveram apenas fragmentos (inclusive uma Ode completa e quatro estrofes de outra). Safo escreveu em dialeto eólico, e muitos dos fragmentos foram preservados por gramáticos como exemplo desse dialeto.
                 Fiz questão de transcrever um de seus poemas, pois o achei maravilhoso por se tratar de versos que descrevem um pouquinho da beleza da Grécia antiga... com árvores, costumes e fatos religiosos de uma cultura assaz misteriosa e encantadora; espero que vocês o apreciem, segue abaixo:

                                                      EU VOS ROGO Ó CRETENSES

Eu vos rogo ó Cretenses, vinde ao templo;
ao redor há um bosque de macieiras,
e dos altares sempre se levanta
o odor do incenso.

Aqui a água fria rumoreja calma,
em meio aos ramos; cobre este lugar
uma sombra de rosas; cai o sono
das folhas trêmulas.

Aqui num campo onde os cavalos pastam
desabrocham as flores do carvalho
e os anetos exalam seu aroma
igual ao mel.

Apanhando grinaldas, vem, ó Cípris,
e dá-me um pouco desse claro néctar
e que tão graciosa serves para a festa,
em taças de ouro.

                                    Abraço a todos
                                                Julio Cesar da Costa                   

sábado, 21 de setembro de 2013

Olá meus valorosos leitores, é com muito prazer que publico mais um de meus poemas. Espero que seja apreciado por vocês. segue abaixo:


 LIVRINHO DE VERSOS


Nestas letras que desenho,
meus sentimentos transbordo;
pois, olhando a imensidão
sinto pulsar meu coração,
num bater de outro acorde.

E os meus ares então mudados,
algo me leva ao extremo...
lembrando a face morena
daquela que sempre amei...
num instante, deixo seguir livre a escrever minha pena.

E meu romance aos poucos relato
e do fundo da alma tiro a essência, fato a fato;
falo dos dias dourados de glória
onde toda a minha história,
se encontra num livrinho apaixonado.

Página a página derramo o perfume dos versos,
dançam as quadras, cantarolam as rimas
e a ideia toda se converte
num relance do ímpeto inesperado...
dos olhos da amada, uma lágrima mereja.

Assim, o livrinho vai sendo folheado,
pelas mãozinhas delicadas da mulher mais bela;
e tudo aos poucos transmuda-se de formas...
na última página de surpresa, em letras que o coração contornam,
por inteiro, me consagro a ela.


                                    Julio cesar da Costa