domingo, 16 de junho de 2019

Olá meus amados, meu blog está na ativa outra vez e pra comemorar posto este novo poema de minha autoria:

Cabeça de vento

Trezentos anos de luta,
trezentas estrofes ao vento;
milhares de bons pensamentos,
nas bolinhas de sabão.

Em algum canto do mundo,
em algum ponto lá embaixo;
quase agarro, quase pego,
quase consigo torcer a orelha.

não tenho que continuar...
tudo é velho e sem graça;
ruas, vielas e praças,
tudo sofre e traz rugas no rosto.

Minhas ironias, meus desgostos,
quando me olham torço o pescoço;
e faço cócegas nos pés dos poemas,
feito criança que apanha por brincar sozinha.

E quando enxergo o velho gordo,
de chapéu timbrado na cabeça oval;
para a sua volta e faço caretas,
feito um macaco de circo.

Não tenho medo da morte,
não tenho medo da sorte,
não tenho medo da velhice;
tenho medo de mim, de minhas tolices cruéis.

          (Júlio Dalvorine)
           14/06/2019

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