quarta-feira, 23 de outubro de 2019

                        BIOGRAFIA DO POETA ESPANHOL FEDERICO GARCIA LORCA

           Federico Garcia Lorca (1898 - 1936), foi poeta e dramaturgo espanhol. Considerado um dos grandes nomes da literatura espanhola, levou para sua poesia a paisagem e os costumes da terra natal. Foi um dos maiores representantes do teatro poético do século XX.
          Federico Garcia lorca nasceu em Fuente Vaqueros, província de Granada, Espanha, no dia 5 de junho de 1898. Filho de Federico Garcia Rodriguez, próspero negociante de açúcar e, da professora Vicenta Lorca. Mudou-se com a família para Asquerosa, onde frequêntou a escola primaria.
          Em 1909 mudou-se para Granada onde cursou a escola secundária no colégio do Sagrado Coração de Jesus. Em 1914, ingressou no curso de direito na Universidade de Granada, por imposição da família, pois, sua vocação mesmo, sempre fora a poesia. Também revelou interesse pela música e teatro.
         Em 1918, Garcia Lorca escreveu um livro sobre Castela; seu primeiro livro, intitulado " IMPRESSÕES E PAISAGENS". Essa obra teve o patrocínio de seu pai. O livro foi bem recebido pela critica. Em 1919, mudou-se para Madri onde continuou os estudos, diplomando-se em 1923. Nessa época aproximou-se de grandes nomes da vanguarda artística espanhola. Tornou-se amigo íntimo de Salvador Dalí, Manuel de Falla, Luís Bunuel e Rafael Albert.
        Como dramaturgo, Garcia Lorca só teve reconhecimento a partir de 1933, com as peças "BODAS DE SANGUE", "YERMA" e "A CASA DE BERNARDA ALBA". Esta, é sua obra dramática suprema.
        Federico Garcia Lorca foi fuzilado na cidade de Granada, Espanha, no dia 18 de agosto de 1936, por ordem de oficiais da ditadura do general Francisco Franco, no auge de sua produção literária. Lorca jamais deixou de manifestar sua aversão aos fascistas e aos militares franquistas. Era considerado comunista pela facção ultradireitista. Foi uma das vítimas da guerra civil espanhola que matou mais de um milhão de pessoas. Até hoje seus restos mortais não foram encontrados.

Dois poemas de Garcia Lorca:

(PENSÁVAMOS QUANDO CRIANÇA QUE AS MONTANHAS)

 Pensávamos quando criança que as montanhas
existiriam por toda a eternidade,
que aqueles charmosos gigantes não morreriam nunca;
logo suspeitamos que estávamos equivocados,
as montanhas também morrem
como o mais frágil dos homens.

(VOLTO A INICIAR A FUGA, NÃO QUERO DORMIR)

Volto a iniciar a fuga, não quero dormir.
A parte meteorológica é idêntica cada dia:
toda a cidade é um quirófano,
prateado e instrumental,
hierático ri entre mãos de médicos barrocos.
Os negros orifícios da carne
se tampam com flores dissecadas.

(a tradução dos poemas, foi feita pelo poeta mineiro, Júlio Dalvorine)

Fonte para produção do texto: www.ebiografia.com

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