terça-feira, 29 de outubro de 2019

       Olá meus queridos seguidores e visitantes; Saudações e muita saúde! Sou o poeta Júlio Dalvorine e hoje postei pra vocês a biografia de uma poeta norte americana chamada Emily Dickinson. Poeta extremamente individualista e genial. Vamos lá:

        Emily Dickinson nasceu em Amherst, Massachusetts, Estados Unidos, no dia 10 de dezembro de 1830. Iniciou seus estudos na Amherst College, e com 17 anos ingressou no Mount Holyoke, um colégio de moças, em Sout Hadley, onde pemaneceu durante um ano, quando abandonou o curso após se recusar a declarar sua fé.
        Em uma viagem à Filadélfia, Emily conheceu o reverendo Charles Wadsworth, de 41 anos, por quem se apaixonou, mas nunca foi correspondida. Essa paixão pelo reverendo passou a exercer grande influência em sua inspiração poética. A natureza também é uma constante na poesia de Emily.
        Emily Dickinson era uma jovem tímida, que se tornou reclusa e dedicada a escrever poesia. Dos mais de 1.700 poemas que escreveu, menos de uma dezena foi publicado em sua vida. Três poemas de Emily foram musicados pela cantora Carla Bruni e lançados no disco "Promises", de 2007. São eles:
"If you were coming in the fall", I went to heaven" e "I felt my life with my hands". Emily faleceu em sua cidade natal, no dia 15 de maio de 1886. A maior parte de sua poesia ainda está por ser publicada!

           Emily Dickinson, em sua obra, por diversas vezes se valeu de fortes imagens numa tentativa d aproximação do conceito de poesia -- sempre ligada ao amor e à verdade, e mesmo a uma perturbação mental a que o sujeito é submetido quando exposto esse estado -- o do amor atravessado pela morte. "Faz-se o amor -- dizia ela -- quando o amor nasce/o sábio diria/mas o que sabe um sábio?/a verdade adia a dádiva."
"Se eu leio -- ela continuava dizendo -- um livro e ele torna meu corpo tão frio que nenhum fogo é capaz de aquecê-lo, sei que aquilo é poesia. Se sinto fisicamente como se o topo da minha cabeça estivesse a ser arrancada, sei que aquilo é poesia. São as únicas maneiras de saber. Existe alguma outra?"

Poema:

-- sim -- digo-te, pousando as mãos nos teus joelhos: -- desejo encontrar alguém que me ame com bondade, e saiba ler.
-- Alguém que queira ressuscitar para ti?
-- sim, alguém que tenha para comigo essa memória.

Alguém que deixe espaços entre as palavras para evitar
que a última se agarre à próxima que vou escrever
alguém que admita que a cartografia dos animais e da pontuação
não está ainda estabelecida
alguém que eu possa ler diferentemente depois de me ler
alguém que dirá aos animais e às plantas que nem sempre
serão servos
alguém que nos amarmos se reconheça de matéria estelar
ou seja, Témia,
ou seja,
"fazer amor, como o nome o indica, é poesia."

(Emily Dickinson)

postado pelo poeta: Júlio Dalvorine  

Nenhum comentário:

Postar um comentário