quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Olá meus queridos visitantes e seguidores do canal "Arte e Cultura", sou o poeta Júlio Dalvorine e estou muito feliz por trabalhar no desenvolvimento deste canal. Hoje postarei mais um poema de minha autoria; espero que seja do agrado de todos.

POETA ESQUECIDO

Havia chuva no céu,
os ares estavam pesados,
e meu coração chorava
carente e sozinho...

Minha alma gritava,
se rasgava em fúria;
números, muitos números
rabiscavam meu tempo.

Era eu e o mundo
numa queda de braços;
e todo meu cansaço
se lavava com a chuva.

Eu havia engolido a poesia,
o verbo me faltava;
e como um câncer aumentava
a cada dia um pouco mais minha aflição.

Olhei atento para o meu segredo,
livro antigo com páginas rasgadas;
e na curva da minha estrada abandonada,
pela última vez vi o vulto daquela que tanto amei.

Eu, poeta esquecido,
jogado num canto feito brinquedo velho;
e por mais que fui sincero não me ouviram,
escarneceram das minhas Musas sagradas.

Mas feito guerreiro me ergui,
vesti minha armadura de prata;
e novamente fui para a batalha dos Vates,
com a pena numa das mãos e o livro de versos noutra.

(Poeta Júlio Dalvorine)

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