sábado, 12 de outubro de 2019

Saudações meus amados visitantes e seguidores, hoje vou publicar aqui no canal Arte e Cultura mais um poema autoral. O compus há algum tempo. Espero que gostem!

QUALQUER FORMA

Não quero olhar para o lado,
e respirar coisas ruins.
Nem quero chorar isolado
num quarto qualquer sem luz.

Quero a flor das primaveras,
enfeitando meu jardim secreto;
e talvez dormir sossegado
no embalo da minha rede de estrelas.

A noite lá fora corrompe,
e sonhos cruéis me invadem;
não tenho mais brilho nos olhos,
mas posso ver a face de quem me idealiza.

Poeta e poesia se confundem,
misturam-se numa obra sem fim;
então deixem que eu siga para qualquer parte,
até mesmo para dentro de mim.

Minha literatura é um grito,
de horror e de exclamação...
Pois nela vai fundo um gemido,
de dor e extrema profanação.

Feito Titã a beira de um precipício,
assim meus versos se recolhem;
e o livro se encerra em formas disformes
e novamente sou reconstrutor interino de mim.

Fiquem todos com Deus e até a próxima postagem!

(Poeta Júlio Dalvorine)

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