Saudações meus amados visitantes e seguidores, hoje vou publicar aqui no canal Arte e Cultura mais um poema autoral. O compus há algum tempo. Espero que gostem!
QUALQUER FORMA
Não quero olhar para o lado,
e respirar coisas ruins.
Nem quero chorar isolado
num quarto qualquer sem luz.
Quero a flor das primaveras,
enfeitando meu jardim secreto;
e talvez dormir sossegado
no embalo da minha rede de estrelas.
A noite lá fora corrompe,
e sonhos cruéis me invadem;
não tenho mais brilho nos olhos,
mas posso ver a face de quem me idealiza.
Poeta e poesia se confundem,
misturam-se numa obra sem fim;
então deixem que eu siga para qualquer parte,
até mesmo para dentro de mim.
Minha literatura é um grito,
de horror e de exclamação...
Pois nela vai fundo um gemido,
de dor e extrema profanação.
Feito Titã a beira de um precipício,
assim meus versos se recolhem;
e o livro se encerra em formas disformes
e novamente sou reconstrutor interino de mim.
Fiquem todos com Deus e até a próxima postagem!
(Poeta Júlio Dalvorine)
Nenhum comentário:
Postar um comentário