sábado, 19 de outubro de 2019

Olá meus queridos visitantes e seguidores, hoje é dia do poeta e, pensando nisso, compus um poema dedicado a todas essas almas que cultuam as Musas. Eis o poema:

UM DIA INTEIRO COM MEUS LIVROS

Em minha estante mental,
topei com alguns autores
Fernando Sabino e Chacal,
temperava os meus andores...

Também Jorge Luis Borges e Pablo Neruda
não me negaram ajuda, correram logo a dizer:
-- se queres ler boas rimas
procure bem lá em cima, um tal de Almeida Garret.

E toma a prece da criação verbal,
e se não saciares a alma, vá com calma,
tendes um livrinho antigo,
do tempo do bom amigo, Balzac da minha paixão.

Em volta de tantos compêndios,
versados autores de outros tempos,
da cavalaria só restavam,
páginas corroídas e amarelas palavras...

E do lado de trás da estante, próximo à parede,
notei um Vate de capa grande e verde,
corpo magro e um olho furado;
só podia ser Luis Vás de Camões em seu guinete.

De repente um vento soprou mais forte,
sei lá se por acaso ou sorte,
em minhas mãos veio parar Fernando Pessoa;
com sua obra moderna e boa.

Dessa forma não via às horas passarem,
em minha estante os livros se ajeitavam,
então percebi que os poetas não morrem, descansam;
e se transformam em livros, com toda sua equipagem.

(Poeta Júlio Dalvorine)

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